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quinta-feira, 6 de setembro de 2012

CULTURA DO CAJUEIRO PODE SER EXTINTA EM CARAÚBAS


Cajueiros estão sofrendo um forte ataque da mosca branca em toda a região da caatinga, na zona rural do município de Caraúbas. Além de comprometer a safra da castanha deste ano, onde a produção da castanha, não chegará a 10% da capacidade total,  a praga esta matando os pés de cajueiro. Estima-se que mais de metade dos cajueiros afetadas corre risco de morte.
 
O ataque desta praga tem se dado de forma constante. Há 04 anos, houve um ataque grave, porém menos ofensivo, em que foi feita toda uma ação visando reduzir os efeitos deste ataque, onde aplicou-se defensivos sobre os cajueiros. Conforme lembra o agrônomo Dr. Reginaldo Gomes Nobre, nesta ação envolveu-se algumas famílias produtoras, representantes da ATOS, Sindicato dos Trabalhadores Rurais, representantes do Projeto Dom Helder Câmara e do Governo Estadual, como EMATER, entre outros. No entanto os resultados não foram satisfatórios, sobretudo, em virtude da aplicação do coquetel não ter sido realizada na totalidade da área do cajucultura, e, nem tão pouco na regularidade programada.  
 
Fatos como estes, alertam a necessidade de refletir de forma sistêmica o equilíbrio da produtividade para com o meio ambiente. A cajucultura desenvolveu - se no município, consolidando um sistema monocultor, em que há o predomínio de uma única cultura. Outro agravante é que o manejo ocorre de forma convencional, onde não são realizadas as práticas adequadas para conservação, manutenção e fertilização do solo. A escassez de água reduziu a oferta do “verde”, que é o atrativo para muitos seres. Desta forma a mosca branca encontra apenas o cajueiro, e passa a fazer dele o seu meio de vida.
 
Esta é uma questão que está causando preocupação em toda a equipe Técnica da ATOS, que se coloca a disposição para em conjunto com outras instituições realizar ações em prol da manutenção da cajucultura. Conforme diz, Benevio Victor, técnico agrícola, “não podemos deixar que a cultura do caju, que é tão importante economicamente para o município, seja extinta como aconteceu com o algodão. È preciso que instituições como Associações comunitárias, Sindicatos, Prefeitura, UFERSA, EMATER, comerciantes e empresários invistam física e financeiramente nesta cadeia produtiva”.

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