Cajueiros estão sofrendo um
forte ataque da mosca branca em toda a região da caatinga, na zona rural do
município de Caraúbas. Além de comprometer a safra da castanha deste ano, onde
a produção da castanha, não chegará a 10% da capacidade total, a praga esta matando os pés de cajueiro.
Estima-se que mais de metade dos cajueiros afetadas corre risco de morte.
O ataque desta praga tem se
dado de forma constante. Há 04 anos, houve um ataque grave, porém menos
ofensivo, em que foi feita toda uma ação visando reduzir os efeitos deste
ataque, onde aplicou-se defensivos sobre os cajueiros. Conforme lembra o
agrônomo Dr. Reginaldo Gomes Nobre, nesta ação envolveu-se algumas famílias
produtoras, representantes da ATOS, Sindicato dos Trabalhadores Rurais,
representantes do Projeto Dom Helder Câmara e do Governo Estadual, como EMATER,
entre outros. No entanto os resultados não foram satisfatórios, sobretudo, em
virtude da aplicação do coquetel não ter sido realizada na totalidade da área do
cajucultura, e, nem tão pouco na regularidade programada.
Fatos como estes, alertam a
necessidade de refletir de forma sistêmica o equilíbrio da produtividade para
com o meio ambiente. A cajucultura desenvolveu - se no município, consolidando
um sistema monocultor, em que há o predomínio de uma única cultura. Outro
agravante é que o manejo ocorre de forma convencional, onde não são realizadas
as práticas adequadas para conservação, manutenção e fertilização
do solo. A escassez de água reduziu a oferta do “verde”, que é o atrativo para
muitos seres. Desta forma a mosca branca encontra apenas o cajueiro, e passa a
fazer dele o seu meio de vida.
Esta é uma questão que está
causando preocupação em toda a equipe Técnica da ATOS, que se coloca a
disposição para em conjunto com outras instituições realizar ações em prol da
manutenção da cajucultura. Conforme diz, Benevio Victor, técnico agrícola, “não
podemos deixar que a cultura do caju, que é tão importante economicamente para
o município, seja extinta como aconteceu com o algodão. È preciso que
instituições como Associações comunitárias, Sindicatos, Prefeitura, UFERSA, EMATER,
comerciantes e empresários invistam física e financeiramente nesta cadeia
produtiva”.
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